Trabalhador da exploração de resinas (CBO 6322-15): Imagine-se na selva amazônica, cercado por gigantes verdes que escondem preciosidades naturais. Esses são os trabalhadores da exploração de resinas, profissionais que extraem gomas e resinas de árvores, transformando o que parece ser apenas madeira em matérias-primas valiosas. Sem a necessidade de um diploma universitário, a formação desses heróis da floresta acontece no próprio campo de batalha, com a experiência sendo a melhor professora. Em um ou dois anos, eles dominam o ofício, aprendendo a lidar com a natureza e a comercializar seus produtos. Trabalham sozinhos, sem supervisão, enfrentando desafios como alturas consideráveis e a presença de animais selvagens. Apesar dos riscos e das condições adversas, esses profissionais desempenham um papel crucial na economia local, contribuindo para a preservação cultural e ambiental.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
Em São Paulo (Estado), foram levantados 2,590 profissionais que atuam como Trabalhador da exploração de resinas, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 2,016 e uma carga horária de 44 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,642.59, enquanto a mediana fica em R$ 2,016, com o terceiro quartil chegando a R$ 2,445.24. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 3,185.59, demonstrando uma variação considerável dentro da ocupação.
Com uma remuneração que geralmente varia entre R$ 1,642.59 e R$ 2,445.24, a maioria dos trabalhadores da exploração de resinas em São Paulo (Estado) ganha um salário que pode ser considerado baixo no contexto brasileiro, onde remunerações abaixo de R$ 3,000.00 são frequentemente associadas a insatisfação. No entanto, a diferença entre o primeiro quartil e o top 5% indica que há espaço para crescimento profissional, permitindo que os trabalhadores busquem melhorias salariais à medida que adquirem mais experiência e habilidades.
O mercado de trabalho para trabalhadores da exploração de resinas em São Paulo tem mostrado sinais de melhora, embora ainda esteja no vermelho. Até julho de 2025, o saldo de contratações é de -43, representando uma redução de apenas 7 em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo era de -50. Esses números indicam que, embora o setor continue enfrentando dificuldades, há uma lenta recuperação em andamento.
Os setores que mais têm contribuído para essas contratações são aqueles ligados à floresta e à madeira. O cultivo de mudas em viveiros florestais lidera com 23 novas vagas, seguido pela extração de madeira em florestas plantadas, com 20. A coleta de látex em florestas nativas também está em alta, com 6 novas vagas, enquanto o cultivo de eucalipto e o comércio atacadista de resinas e elastômeros somam 4 e 2 vagas, respectivamente. Esses dados sugerem que a atividade florestal é a principal força motriz por trás dessas contratações.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.