Trabalhador da cultura de cana-de-açúcar (CBO 6221-10): Imagine um dia de sol escaldante, com o aroma característico da cana-de-açúcar preenchendo o ar. Esses são os cenários cotidianos vividos pelos trabalhadores da cultura de cana-de-açúcar. Sem a necessidade de um diploma universitário, a formação acontece na prática, com um ano de experiência sendo suficiente para dominar as habilidades necessárias. Esses profissionais atuam ao ar livre, em equipes unidas, supervisionadas ocasionalmente, e enfrentam o desafio de lidar com materiais potencialmente tóxicos. Apesar dos desafios, há uma grande satisfação em ver o fruto do seu trabalho, desde a plantação até a colheita e o beneficiamento da cana.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
Em São Paulo (Estado), foram levantados 21,686 profissionais que atuam como Trabalhador da cultura de cana-de-açúcar, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 1,900 e uma carga horária de 44 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,641.20, enquanto a mediana fica em R$ 1,900, com o terceiro quartil chegando a R$ 2,502.08. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 3,462.54, demonstrando uma variação considerável dentro da ocupação.
Com uma remuneração que geralmente varia entre R$ 1,641.20 e R$ 2,502.08, a maioria desses trabalhadores ganha um salário que pode ser considerado baixo no contexto brasileiro, onde remunerações abaixo de R$ 3,000.00 são frequentemente associadas a insatisfação. No entanto, a diferença entre o primeiro quartil e o top 5% indica uma margem de crescimento profissional, sugerindo que com dedicação e experiência, há oportunidades reais de melhorar a remuneração.
Até julho de 2025, o saldo de contratações para trabalhadores da cultura de cana-de-açúcar em São Paulo somou 2.532, representando uma redução de 749 em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa diminuição sugere que, embora haja contratações, o ritmo de crescimento tem se tornado mais lento, possivelmente refletindo mudanças nos mercados de açúcar e etanol.
O setor de fabricação de açúcar em bruto lidera as contratações, com 1.153 novos postos de trabalho. Logo atrás, o cultivo de cana-de-açúcar adicionou 708 vagas. Atividades de apoio à agricultura não especificadas anteriormente também contribuíram significativamente, com 304 novas posições. O transporte rodoviário de carga e serviços de preparação de terreno, cultivo e colheita completam o top cinco, com 185 e 161 vagas, respectivamente.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.