Magarefe (CBO 8485-20): Imagine um dia cheio de cortes, temperaturas controladas e muita carne fresca. Essa é a rotina de um magarefe, um profissional que transforma animais em cortes de carne prontos para o mercado. Para entrar nesse ramo, você precisa apenas do ensino fundamental e de um curso básico de qualificação profissional de até 200 horas. Mas não pense que é fácil: a prática leva de um a dois anos para que você domine todas as habilidades necessárias. O trabalho é feito em ambientes fechados, geralmente sob supervisão, e os magarefes precisam lidar com turnos diurnos e noturnos. Além disso, eles enfrentam altas temperaturas, ruídos intensos e riscos orgânicos, mas o resultado final é uma variedade de cortes de carne de alta qualidade.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
Em São Paulo (Estado), foram levantados 5,232 profissionais que atuam como Magarefe, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 2,053.22 e uma carga horária de 44 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,850, enquanto a mediana fica em R$ 2,053.22, com o terceiro quartil chegando a R$ 2,504.70. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 3,505.71, demonstrando uma variação notável dentro da ocupação.
A remuneração de um magarefe em São Paulo (Estado) tende a ser vista como baixa no contexto brasileiro, já que a maioria dos salários abaixo de R$ 3,000.00 é associada a insatisfação. No entanto, a diferença substancial entre o primeiro quartil e o top 5% indica que há espaço para crescimento profissional. Essa variação sugere que, com o tempo e dedicação, os magarefes podem alavancar suas carreiras e alcançar remunerações mais elevadas, melhorando assim sua qualidade de vida.
O mercado de trabalho para magarefes em São Paulo tem mostrado sinais de crescimento. Até julho de 2025, o saldo de contratações chegou a 154, um aumento de 46 em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo era de 108. Essa melhoria reflete uma demanda crescente por profissionais nesta área, especialmente em meio à expansão dos setores alimentícios e de processamento de alimentos.
Os setores que mais têm contribuído para essas contratações são, em primeiro lugar, o abate de aves, que adicionou 128 novos postos de trabalho. Logo atrás, o frigorífico de abate de bovinos trouxe 41 novas oportunidades. Outros setores relevantes incluem a preparação de documentos e serviços de apoio administrativo, com 17 vagas, o abate de suínos, com 16, e outras atividades profissionais, com 15. Esses números indicam que a indústria de alimentos continua a ser um motor importante para a geração de empregos na região.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.