Trabalhador do beneficiamento de fumo (CBO 8486-05): Imagine um mundo onde o aroma do fumo não é apenas um cheiro, mas uma arte. Esses profissionais são os artistas invisíveis por trás de cada charuto, cigarro e cigarrilha. Com apenas o ensino fundamental e um curso básico de qualificação profissional de cerca de 200 horas, eles entram em uma jornada de aprendizado que dura entre três e quatro anos. Trabalhando em ambientes fechados, sujeitos a odores intensos e variações de temperatura, esses heróis anônimos garantem que cada folha de fumo seja cuidadosamente tratada, desde a inspeção inicial até a embalagem final. Eles seguem rigorosas normas de segurança, higiene e preservação ambiental, transformando folhas verdes em produtos finos e apreciados ao redor do mundo.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Rio Grande do Sul (Estado), foram levantados 1.522 profissionais que atuam como Trabalhador do beneficiamento de fumo, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 1,715.08 e uma carga horária de 44 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,672, enquanto a mediana fica em R$ 1,715.08, com o terceiro quartil chegando a R$ 1,850. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 2,006.40, demonstrando uma variação dentro da ocupação.
A remuneração dos trabalhadores do beneficiamento de fumo no Rio Grande do Sul tende a ser vista como baixa no contexto nacional, já que a maioria das pessoas não está satisfeita com salários abaixo de R$ 3,000.00. No entanto, a diferença entre o primeiro quartil e o top 5% indica que há espaço para crescimento profissional. Essa variação sugere que, com dedicação e experiência, os trabalhadores podem alavancar suas carreiras e aumentar seus rendimentos, proporcionando uma melhor qualidade de vida.
O mercado de trabalho para trabalhadores do beneficiamento de fumo no Rio Grande do Sul tem mostrado um aumento significativo. Até julho de 2025, o saldo de contratações chegou a 1.227, um salto de 735 em relação aos 492 registrados no mesmo período do ano anterior. Esses números refletem uma clara expansão na demanda por mão de obra especializada nesse setor.
O setor que mais contribuiu para essas contratações foi o processamento industrial do fumo, com um saldo de 1.130 novas vagas. Em segundo lugar, a fabricação de outros produtos do fumo, como cachimbos e tabacos, adicionou 93 postos de trabalho. Os setores de comércio atacadista de fumo em folha não beneficiado e beneficiado também tiveram participação, embora com impacto menor, com 5 e 0 vagas, respectivamente.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.