Trabalhador da suinocultura (CBO 6232-15): Imagine um dia cheio de balanço entre a ciência e a natureza, cuidando de animais que vão desde suínos até caprinos e ovinos. Essa é a vida de quem trabalha na suinocultura. Embora o mínimo de escolaridade seja entre a quarta e a sétima série do ensino fundamental, há uma tendência crescente de exigir nível médio completo. A formação acontece no próprio ambiente de trabalho, com um período de aprendizado que varia de um a dois anos. Os trabalhadores lidam com tarefas que vão desde a alimentação dos animais até a aplicação de medicamentos e curativos. Além disso, eles controlam a reprodução, ordenham e preparam os animais para exposição e venda. Tudo isso é feito ao ar livre, em horários irregulares, e sob a supervisão constante de um superior.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Rio Grande do Sul (Estado), foram levantados 2,334 profissionais que atuam como Trabalhador da suinocultura, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 2,142.92 e uma carga horária de 44 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,783.10, enquanto a mediana fica em R$ 2,142.92, com o terceiro quartil chegando a R$ 2,694.25. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 3,877.15, demonstrando uma variação dentro da ocupação.
A remuneração dos trabalhadores da suinocultura no Rio Grande do Sul geralmente varia entre R$ 1,783.10 e R$ 2,694.25, que podem ser considerados salários baixos no contexto brasileiro, onde remunerações abaixo de R$ 3,000.00 são frequentemente associadas a insatisfação. No entanto, a diferença entre o primeiro quartil e o top 5% indica que há espaço para crescimento profissional, permitindo que os trabalhadores busquem melhorias salariais à medida que ganham experiência e habilidades adicionais.
O mercado de trabalho para trabalhadores da suinocultura no Rio Grande do Sul está vivendo um momento de expansão. Até julho de 2025, o saldo de contratações chegou a 151, um aumento significativo de 182 em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o saldo era de -31. Esses números refletem uma clara recuperação e crescimento na demanda por mão de obra especializada nesta área.
Na esteira deste crescimento, o setor de criação de suínos se destaca como o principal empregador, com um saldo de 125 novas contratações. Outros setores relevantes, embora com impacto menor, são o serviço de preparação de terreno, cultivo e colheita, com 11 novas vagas, e atividades de apoio à agricultura, que adicionaram 6 postos de trabalho. A fabricação de alimentos para animais e o cultivo de milho também contribuíram, cada um com 2 novas vagas.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.