Magarefe (CBO 8485-20): Imagine um dia cheio de cortes, temperaturas controladas e muita carne fresca. Essa é a rotina de um magarefe, um profissional que transforma animais em cortes de carne prontos para o mercado. Para entrar nesse ramo, você precisa apenas do ensino fundamental e de um curso básico de qualificação profissional de até 200 horas. Mas não pense que é fácil: a prática leva de um a dois anos para que você domine todas as habilidades necessárias. O trabalho é feito em ambientes fechados, geralmente sob supervisão, e os magarefes precisam lidar com turnos diurnos e noturnos. Além disso, eles enfrentam altas temperaturas, ruídos intensos e riscos orgânicos, mas o resultado final é uma variedade de cortes de carne de alta qualidade.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Rio Grande do Sul (Estado), foram levantados 11,583 profissionais que atuam como Magarefe, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 1,982.68 e uma carga horária de 44 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,870.93, enquanto a mediana fica em R$ 1,982.68, com o terceiro quartil chegando a R$ 2,559.23. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 3,464.77, demonstrando uma variação considerável dentro da ocupação.
Os salários dos magarefes no Rio Grande do Sul estão na faixa de remuneração considerada baixa no contexto brasileiro, onde ganhos abaixo de R$ 3,000.00 são comuns e podem gerar insatisfação. No entanto, a diferença substancial entre o primeiro quartil e o top 5% indica que há espaço para crescimento profissional. Essa variação sugere que, com dedicação e experiência, os profissionais têm a oportunidade de melhorar significativamente suas condições financeiras ao longo da carreira.
O mercado de trabalho para magarefes no estado do Rio Grande do Sul tem mostrado um notável aumento nas contratações. Até julho de 2025, o saldo de contratações chegou a 600, representando um salto de 490 em relação aos 110 registrados no mesmo período do ano anterior. Essa expansão reflete uma demanda crescente por profissionais nesta área, especialmente em setores ligados à indústria alimentícia.
Os setores que mais têm impulsionado essas contratações são aqueles relacionados ao abate de animais e fabricação de produtos de carne. O abate de aves lidera com 231 novas vagas, seguido pelo frigorífico de abate de bovinos, com 166, e o de suínos, com 152. A fabricação de produtos de carne também contribuiu significativamente, com 56 novas oportunidades. Mesmo o transporte rodoviário de carga, embora com apenas 9 vagas, faz parte desta tendência positiva de crescimento no emprego para magarefes.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.