Desossador (CBO 8485-15): Imagine que você tem a habilidade de transformar um animal inteiro em cortes de carne prontos para o mercado. Essa é a missão dos desossadores, profissionais que trabalham com precisão e cuidado para preparar carnes de diferentes tipos de animais para venda. Para entrar nesse ramo, é necessário ter o ensino fundamental e completar um curso básico de qualificação profissional de até 200 horas. Geralmente, após um a dois anos de experiência prática, os desossadores dominam completamente suas habilidades. O trabalho é realizado em ambientes fechados, geralmente sob supervisão, e os profissionais lidam com turnos diurnos e noturnos. Além disso, eles enfrentam condições de trabalho que incluem ruídos intensos, altas temperaturas e riscos orgânicos, mas tudo isso vale a pena quando se vê o resultado final de sua arte culinária.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Rio Grande do Sul (Estado), foram levantados 1,816 profissionais que atuam como Desossador, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 2,402.23 e uma carga horária de 55 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,975.58, enquanto a mediana fica em R$ 2,402.23, com o terceiro quartil chegando a R$ 2,829.89. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 3,715.59, demonstrando uma discreta variação salarial dentro da ocupação.
A remuneração dos desossadores no Rio Grande do Sul oscila em um patamar que, no contexto brasileiro, é considerado baixo, com a maioria dos profissionais recebendo menos que R$ 3,000.00. No entanto, a margem de crescimento é perceptível, especialmente quando comparado ao primeiro quartil e ao top 5%. Essa variação indica que, com o tempo e experiência, os desossadores têm a oportunidade de aumentar seu salário, proporcionando uma melhor qualidade de vida.
O mercado de trabalho para desossadores no Rio Grande do Sul tem mostrado uma tendência de redução nas contratações. Até julho de 2025, o saldo de movimentações foi de -127, representando uma queda de 25 em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o saldo era de -102. Essa diminuição sugere que o setor enfrenta desafios na geração de empregos, refletindo possivelmente as condições econômicas locais.
No entanto, alguns setores continuam a contratar desossadores, embora em números limitados. O comércio varejista de carnes, especialmente açougues, lidera com 3 novas contratações. Logo atrás, matadouros que realizam abate de reses sob contrato somaram 2 contratações. Os setores de comércio atacadista de carnes, fabricação de produtos de carne e transporte rodoviário de carga completam a lista, cada um com 1 nova contratação, demonstrando que essas áreas ainda buscam profissionais qualificados.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.