Cortador de calçados, a máquina (exceto solas e palmilhas) (CBO 7641-05): Imagine que você está na linha de frente da criação de um par de sapatos, desde a escolha do material até o corte preciso das peças que compõem a parte superior do calçado. Essa é a missão dos cortadores de calçados. Apesar de não exigirem um diploma universitário, esses profissionais precisam de um bom olho para detalhes e muita prática para dominar a arte do corte. Com apenas o ensino fundamental completo, eles embarcam em um aprendizado prático que dura de um a dois anos, onde ganham habilidades que vão além do corte, incluindo a preparação de solas, palmilhas e saltos. Trabalham em ambientes fechados, geralmente em turnos, e enfrentam desafios como ruídos altos e exposição a materiais potencialmente tóxicos, mas o resultado final de um calçado bem acabado compensa todo o esforço.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Rio Grande do Sul (Estado), foram levantados 2,071 profissionais que atuam como Cortador de calçados, a máquina (exceto solas e palmilhas), com uma remuneração média que gira em torno de R$ 2,019.60 e uma carga horária de 43 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,796.58, enquanto a mediana fica em R$ 2,019.60, com o terceiro quartil chegando a R$ 2,333.72. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 3,027.42, demonstrando uma variação dentro da ocupação.
A remuneração dos cortadores de calçados no Rio Grande do Sul tende a ser vista como baixa no contexto brasileiro, já que a maioria dos salários está abaixo de R$ 3,000.00. No entanto, a diferença entre o primeiro quartil e o top 5% indica que há espaço para crescimento profissional. Essa variação sugere que, com o tempo e experiência, os profissionais podem alavancar suas habilidades para alcançar remunerações mais elevadas, proporcionando uma melhor qualidade de vida.
O mercado de trabalho para cortadores de calçados, a máquina (exceto solas e palmilhas), no Rio Grande do Sul, tem mostrado uma melhora significativa. Até julho de 2025, o saldo de contratações chegou a 86, um aumento expressivo de 67 em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o saldo era de apenas 19. Esses números refletem uma clara expansão na demanda por essa categoria profissional.
Os setores que mais têm impulsionado essas contratações são aqueles diretamente ligados à fabricação de calçados. O acabamento de calçados de couro sob contrato e a fabricação de calçados de couro lideram com 21 contratações cada. Logo atrás, a fabricação de calçados de material sintético registrou 15 novas vagas. A fabricação de calçados de materiais não especificados também contribuiu com 9 contratações, enquanto a produção de partes para calçados de qualquer material adicionou 6 novas oportunidades.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.