Auxiliar nos serviços de alimentação (CBO 5135-05): Imagine a cozinha de um restaurante como um palco onde cada prato é uma peça de teatro. Os auxiliares nos serviços de alimentação são os figurinistas desse espetáculo gastronômico, garantindo que tudo esteja em ordem antes que o ator principal – o chef – entre em cena. Para entrar nesse mundo de temperos e panelas, é necessário ter um ensino fundamental e passar por cursos básicos de profissionalização que variam entre 200 e 400 horas. Esses profissionais trabalham em restaurantes e empresas de alimentação, muitas vezes sob pressão e em horários que podem ser tanto diurnos quanto noturnos. Apesar do ritmo acelerado e das posições desconfortáveis, a recompensa é ver pratos saindo perfeitamente montados e clientes satisfeitos.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Rio Grande do Sul (Estado), foram levantados 33,222 profissionais que atuam como Auxiliar nos serviços de alimentação, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 1,746.64 e uma carga horária de 42 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,642.16, enquanto a mediana fica em R$ 1,746.64, com o terceiro quartil chegando a R$ 1,892. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 2,436.69, demonstrando uma variação dentro da ocupação.
A remuneração dos auxiliares nos serviços de alimentação no Rio Grande do Sul é considerada baixa no contexto brasileiro, onde salários abaixo de R$ 3,000.00 são comumente associados a menor satisfação. No entanto, a diferença entre o primeiro quartil e o top 5% indica que há espaço para crescimento profissional. Essa variação sugere que, com o tempo e dedicação, é possível alcançar remunerações mais atrativas, proporcionando melhor qualidade de vida aos profissionais.
O mercado de trabalho para auxiliares nos serviços de alimentação no Rio Grande do Sul tem mostrado uma expansão significativa. Até julho de 2025, o saldo de contratações chegou a 1,964, um aumento expressivo de 1,199 em relação aos 765 registrados no mesmo período do ano anterior. Essa tendência reflete um crescimento robusto na demanda por esses profissionais, sinalizando uma recuperação sólida do setor de serviços de alimentação.
Os restaurantes e similares lideram o ranking dos setores que mais estão contratando, com um saldo de 400 novas vagas. Logo atrás, o fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para empresas adicionou 262 postos de trabalho. As lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares também se destacaram, com 195 contratações. O comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios, especialmente supermercados, somou 144 novas oportunidades, enquanto os hipermercados contribuíram com 103 vagas.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.