Trabalhador da cultura de cana-de-açúcar (CBO 6221-10): Imagine um dia de sol escaldante, com o aroma característico da cana-de-açúcar preenchendo o ar. Esses são os cenários cotidianos vividos pelos trabalhadores da cultura de cana-de-açúcar. Sem a necessidade de um diploma universitário, a formação acontece na prática, com um ano de experiência sendo suficiente para dominar as habilidades necessárias. Esses profissionais atuam ao ar livre, em equipes unidas, supervisionadas ocasionalmente, e enfrentam o desafio de lidar com materiais potencialmente tóxicos. Apesar dos desafios, há uma grande satisfação em ver o fruto do seu trabalho, desde a plantação até a colheita e o beneficiamento da cana.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Piauí (Estado), foram levantados 2,989 profissionais que atuam como Trabalhador da cultura de cana-de-açúcar, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 1,539 e uma carga horária de 44 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,539, enquanto a mediana também é de R$ 1,539, com o terceiro quartil chegando a R$ 1,881.26. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 2,782.43, demonstrando uma discreta variação salarial dentro da ocupação.
Considerando as faixas salariais no Brasil, a remuneração dos trabalhadores da cana-de-açúcar no Piauí tende a ser vista como baixa, situando-se abaixo do patamar que promove maior satisfação financeira. No entanto, a existência de uma pequena margem de crescimento, representada pela diferença entre o primeiro quartil e o top 5%, indica que há espaço para progressão salarial. Essa possibilidade de crescimento, mesmo que gradual, pode ser encorajadora para quem busca estabilidade e desenvolvimento profissional na área.
O mercado de trabalho para trabalhadores da cultura da cana-de-açúcar no Piauí até julho de 2025 registra um saldo de 1.587 contratações, uma redução de 55 em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo foi de 1.642. Apesar da queda, o número ainda é bastante significativo, mostrando que a indústria da cana-de-açúcar continua a ser uma importante fonte de emprego na região.
Na análise dos setores que mais contrataram, a fabricação de álcool lidera com 1.319 novas vagas, seguida pela atividade de cultivo de cana-de-açúcar, que adicionou 261 postos de trabalho. Os setores de atividades de apoio à pecuária e a fabricação de aguardente de cana-de-açúcar também contribuíram, embora com números menores, com 9 e 0 vagas, respectivamente. O cultivo de soja não registrou nenhuma contratação adicional.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.