Magarefe (CBO 8485-20): Imagine um dia cheio de cortes, temperaturas controladas e muita carne fresca. Essa é a rotina de um magarefe, um profissional que transforma animais em cortes de carne prontos para o mercado. Para entrar nesse ramo, você precisa apenas do ensino fundamental e de um curso básico de qualificação profissional de até 200 horas. Mas não pense que é fácil: a prática leva de um a dois anos para que você domine todas as habilidades necessárias. O trabalho é feito em ambientes fechados, geralmente sob supervisão, e os magarefes precisam lidar com turnos diurnos e noturnos. Além disso, eles enfrentam altas temperaturas, ruídos intensos e riscos orgânicos, mas o resultado final é uma variedade de cortes de carne de alta qualidade.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Pará (Estado), foram levantados 1.658 profissionais que atuam como Magarefe, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 2,000.00 e uma carga horária de 44 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,602.17, enquanto a mediana fica em R$ 2,000.00, com o terceiro quartil chegando a R$ 2,489.29. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 3,144.64, demonstrando uma variação dentro da ocupação.
Com uma remuneração que geralmente varia entre R$ 1,602.17 e R$ 2,489.29, a maioria dos magarefes no Pará (Estado) ganha um salário que pode ser considerado baixo no contexto brasileiro, onde remunerações abaixo de R$ 3,000.00 são frequentemente associadas a insatisfação. No entanto, há espaço para crescimento, já que a diferença entre o primeiro quartil e o top 5% indica uma margem para avanço profissional. Isso sugere que, com dedicação e experiência, os magarefes podem alavancar suas carreiras para remunerações mais atrativas.
O mercado de trabalho para magarefes no estado do Pará tem mostrado uma melhora significativa. Até julho de 2025, o saldo de contratações chegou a 76, um aumento de 88 em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o saldo era de -12. Essa reversão de tendência indica que o setor está se expandindo e criando mais oportunidades de emprego.
Os frigoríficos de abate de bovinos são os grandes responsáveis por essa expansão, com 56 novas contratações. Logo atrás, os serviços combinados de escritório e apoio administrativo somaram 21 novos postos. O comércio atacadista de carnes bovinas e suínas e seus derivados também contribuiu, com 7 novas vagas. Outros setores, como matadouros e outras atividades de serviços prestados às empresas, completam o quadro, com 4 e 3 novas contratações, respectivamente.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.