Carpinteiro de obras (CBO 7155-25): Imagine a cena: você está construindo um castelo de areia na praia, mas em vez de areia, estamos falando de concreto e madeira. Essa é a vida de um carpinteiro de obras, aquele que transforma planos em estruturas sólidas, desde a preparação do canteiro de obras até a montagem de andaimes e a construção de estruturas de madeira para telhados. Para entrar nesse mundo, é necessário ter uma formação que vai desde a quarta à sétima série do ensino fundamental, além de um curso básico de qualificação profissional que pode variar de 200 a mais de 400 horas. Após um a dois anos de experiência prática, o carpinteiro de obras estará pronto para enfrentar os desafios do dia a dia, que incluem trabalhar em ambientes internos e externos, muitas vezes em grandes alturas ou ambientes confinados, sempre durante o período diurno.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Pará (Estado), foram levantados 1,406 profissionais que atuam como Carpinteiro de obras, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 2,206.60 e uma carga horária de 44 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 2,063.34, enquanto a mediana fica em R$ 2,206.60, com o terceiro quartil chegando a R$ 2,406.80. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 2,960.65, demonstrando uma variação dentro da ocupação.
Os carpinteiros de obras no Pará recebem um salário que, no contexto brasileiro, pode ser considerado baixo, já que a maioria das pessoas não está satisfeita com remunerações abaixo de R$ 3,000.00. No entanto, a diferença entre o primeiro quartil e o top 5% indica que há espaço para crescimento profissional. Essa variação sugere que, com dedicação e habilidades adicionais, os carpinteiros podem alavancar suas carreiras e aumentar seus rendimentos ao longo do tempo.
O mercado de trabalho para carpinteiros de obras no Pará tem apresentado um quadro preocupante. Até julho de 2025, o saldo de contratações registra -127, uma queda significativa de 193 em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o saldo era de 66. Esses números refletem uma redução expressiva no número de contratações, sinalizando possíveis dificuldades econômicas ou mudanças na demanda por serviços de construção.
Apesar da queda geral, alguns setores ainda mostram alguma atividade. A construção de estações e redes de distribuição de energia elétrica lidera com 28 novas contratações. Em segundo lugar, a construção de obras de arte especiais contribuiu com 20 vagas. A construção de edifícios e a coleta de resíduos não perigosos também se destacaram, com 17 e 16 novas contratações, respectivamente. Por fim, as obras de urbanização, como ruas, praças e calçadas, adicionaram 12 vagas ao mercado.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.