Trabalhador da pecuária (bovinos leite) (CBO 6231-15): Imagine acordar ao amanhecer, respirar o ar fresco do campo e começar o dia ordenhando vacas. Essa é a rotina diária de quem trabalha na pecuária de leite. Esses profissionais cuidam de bovinos, garantindo que eles estejam saudáveis e produtivos. Para entrar nesse mundo, é necessário ter o ensino fundamental e participar de um curso profissionalizante de aproximadamente 200 horas. A experiência é crucial, pois só depois de três ou quatro anos é que se consegue dominar todas as nuances do ofício. O trabalho acontece ao ar livre ou em instalações semifechadas, durante o dia, e pode envolver exposição a materiais tóxicos e riscos de acidentes causados pelos animais.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Minas Gerais (Estado), foram levantados 7,642 profissionais que atuam como Trabalhador da pecuária (bovinos leite), com uma remuneração média que gira em torno de R$ 1,800 e uma carga horária de 44 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,508, enquanto a mediana fica em R$ 1,800, com o terceiro quartil chegando a R$ 2,400. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 3,192.67, demonstrando uma variação considerável dentro da ocupação.
Com uma remuneração que geralmente varia entre R$ 1,508 e R$ 2,400, a maioria dos trabalhadores da pecuária em Minas Gerais ganha um salário que pode ser considerado baixo no contexto brasileiro, onde remunerações abaixo de R$ 3,000 são frequentemente associadas a insatisfação. No entanto, a diferença entre o primeiro quartil e o top 5% indica que há espaço para crescimento profissional, sugerindo que com dedicação e experiência, é possível alcançar remunerações mais atrativas.
O mercado de trabalho para trabalhadores da pecuária de bovinos leite em Minas Gerais tem mostrado uma reviravolta impressionante. Até julho de 2025, o saldo de contratações subiu para 42, um salto de 78 em relação ao saldo negativo de -36 registrado no mesmo período do ano anterior. Essa transformação reflete uma recuperação significativa na demanda por mão de obra nesse setor.
Os setores que mais têm impulsionado essas contratações são diversificados, mas todos ligados à pecuária e à indústria do leite. Atividades de apoio à pecuária e criação de bovinos para corte lideram com 14 contratações cada. Logo atrás, a fabricação de laticínios e o cultivo de soja somam 13 e 12 novas vagas, respectivamente. O cultivo de cana-de-açúcar também contribuiu com 9 novas oportunidades de emprego, mostrando como diferentes áreas da agricultura e pecuária estão colaborando para esse crescimento.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.