Trabalhador da cultura de cana-de-açúcar (CBO 6221-10): Imagine um dia de sol escaldante, com o aroma característico da cana-de-açúcar preenchendo o ar. Esses são os cenários cotidianos vividos pelos trabalhadores da cultura de cana-de-açúcar. Sem a necessidade de um diploma universitário, a formação acontece na prática, com um ano de experiência sendo suficiente para dominar as habilidades necessárias. Esses profissionais atuam ao ar livre, em equipes unidas, supervisionadas ocasionalmente, e enfrentam o desafio de lidar com materiais potencialmente tóxicos. Apesar dos desafios, há uma grande satisfação em ver o fruto do seu trabalho, desde a plantação até a colheita e o beneficiamento da cana.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Minas Gerais (Estado), foram levantados 3,615 profissionais que atuam como Trabalhador da cultura de cana-de-açúcar, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 1,869 e uma carga horária de 44 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,520, enquanto a mediana fica em R$ 1,869, com o terceiro quartil chegando a R$ 2,407.63. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 3,798.62, demonstrando uma variação considerável dentro da ocupação.
A remuneração dos trabalhadores da cana-de-açúcar em Minas Gerais tende a ser vista como baixa pela maioria dos brasileiros, já que a maioria das pessoas não está satisfeita com salários abaixo de R$ 3,000. No entanto, há espaço para crescimento profissional, visto que a diferença entre o primeiro quartil e o top 5% é significativa. Essa variação sugere que, com dedicação e experiência, os trabalhadores podem alavancar suas carreiras e melhorar substancialmente seus rendimentos.
O mercado de trabalho para trabalhadores da cultura da cana-de-açúcar em Minas Gerais tem enfrentado um revés significativo. Até julho de 2025, o saldo de contratações caiu para -48, uma redução de 297 em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o saldo era de 249. Essa queda reflete uma diminuição na demanda por esses profissionais, possivelmente influenciada por fatores econômicos e climáticos.
Na análise dos setores que mais contrataram, o cultivo de cana-de-açúcar se destaca com 145 novas vagas, demonstrando que a atividade principal da cadeia produtiva continua a ser um motor de emprego. Logo atrás, o transporte rodoviário de carga contribuiu com 59 vagas, seguido pela fabricação de aguardente de cana-de-açúcar, que adicionou 30 postos de trabalho. Atividades de apoio à agricultura e criação de bovinos para corte completam a lista, com 14 e 12 vagas, respectivamente.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.