Cortador de calçados, a máquina (exceto solas e palmilhas) (CBO 7641-05): Imagine que você está na linha de frente da criação de um par de sapatos, desde a escolha do material até o corte preciso das peças que compõem a parte superior do calçado. Essa é a missão dos cortadores de calçados. Apesar de não exigirem um diploma universitário, esses profissionais precisam de um bom olho para detalhes e muita prática para dominar a arte do corte. Com apenas o ensino fundamental completo, eles embarcam em um aprendizado prático que dura de um a dois anos, onde ganham habilidades que vão além do corte, incluindo a preparação de solas, palmilhas e saltos. Trabalham em ambientes fechados, geralmente em turnos, e enfrentam desafios como ruídos altos e exposição a materiais potencialmente tóxicos, mas o resultado final de um calçado bem acabado compensa todo o esforço.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Minas Gerais (Estado), foram levantados 3,999 profissionais que atuam como Cortador de calçados, a máquina (exceto solas e palmilhas), com uma remuneração média que gira em torno de R$ 1,534 e uma carga horária de 44 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,427, enquanto a mediana fica em R$ 1,534, com o terceiro quartil chegando a R$ 1,833.52. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 2,783, demonstrando uma variação dentro da ocupação.
Com uma remuneração que oscila entre R$ 1,427 e R$ 1,833.52, a maioria dos cortadores de calçados em Minas Gerais ganha um salário que pode ser considerado baixo no contexto brasileiro, onde remunerações abaixo de R$ 3,000.00 são frequentemente associadas a insatisfação. No entanto, a diferença entre o primeiro quartil e o top 5% indica que há espaço para crescimento profissional, permitindo que os trabalhadores busquem melhorias salariais à medida que adquirem mais experiência e habilidades.
O mercado de trabalho para cortadores de calçados a máquina em Minas Gerais tem mostrado sinais de recuperação. Até julho de 2025, o saldo de contratações chegou a 580, representando um aumento de 222 em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o saldo foi de 358. Esses números refletem uma clara melhoria na demanda por essa ocupação, sinalizando um possível aquecimento do setor calçadista no estado.
Na esteira dessa recuperação, o setor de fabricação de calçados de materiais não especificados lidera as contratações, com um saldo de 347. Logo atrás, a fabricação de calçados de couro contribuiu com 78 novas vagas. Outros setores relevantes são a fabricação de partes para calçados, com 64 contratações, o acabamento de calçados de couro sob contrato, com 34, e a fabricação de tênis de qualquer material, que adicionou 27 vagas. Esses dados indicam que a diversificação dos materiais utilizados na fabricação de calçados pode estar impulsionando a criação de empregos na área.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.