Trabalhador da cultura de cana-de-açúcar (CBO 6221-10): Imagine um dia de sol escaldante, com o aroma característico da cana-de-açúcar preenchendo o ar. Esses são os cenários cotidianos vividos pelos trabalhadores da cultura de cana-de-açúcar. Sem a necessidade de um diploma universitário, a formação acontece na prática, com um ano de experiência sendo suficiente para dominar as habilidades necessárias. Esses profissionais atuam ao ar livre, em equipes unidas, supervisionadas ocasionalmente, e enfrentam o desafio de lidar com materiais potencialmente tóxicos. Apesar dos desafios, há uma grande satisfação em ver o fruto do seu trabalho, desde a plantação até a colheita e o beneficiamento da cana.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Maranhão (Estado), foram levantados 1,140 profissionais que atuam como Trabalhador da cultura de cana-de-açúcar, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 1,518 e uma carga horária de 44 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,518, enquanto a mediana também é de R$ 1,518, com o terceiro quartil igualmente fixado em R$ 1,518. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 2,099.06, mostrando uma discrepância entre os salários mais altos e a média.
A remuneração dos trabalhadores da cana-de-açúcar no Maranhão é alinhada ao salário mínimo nacional, o que pode ser considerado insatisfatório para a maioria dos brasileiros, já que remunerações abaixo de R$ 3,000.00 tendem a gerar insatisfação. No entanto, a existência de um top 5% indica que há espaço para crescimento profissional, embora a margem seja relativamente limitada. Isso sugere que, com esforço e dedicação, é possível alcançar remunerações mais atrativas, mesmo que o potencial de aumento seja moderado.
O mercado de trabalho para trabalhadores da cultura da cana-de-açúcar no Maranhão está aquecido. Até julho de 2025, o saldo de contratações chegou a 704, um aumento significativo de 348 em relação aos 356 registrados no mesmo período do ano anterior. Esses números mostram um crescimento robusto na demanda por mão de obra nesta área, refletindo possivelmente um boom na indústria sucroalcooleira local.
Na esteira desse crescimento, o setor de fabricação de álcool é o grande destaque, com 591 novas contratações. Logo atrás, atividades de apoio à agricultura somaram 108 novos postos de trabalho. Menores, mas ainda relevantes, são os setores de produção de produtos não madeireiros em florestas plantadas, com 9 novas vagas, enquanto o cultivo de cana-de-açúcar e a fabricação de açúcar em bruto apresentaram quedas modestas de 1 e 3 vagas, respectivamente.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.