Gerente de produção e operações agropecuárias (CBO 1411-15): Imagine-se como o capitão de um navio, mas ao invés de navegar por mares turbulentos, você está gerenciando uma fazenda, uma plantação ou talvez até mesmo um viveiro de peixes. Essa é a vida de um gerente de produção e operações agropecuárias. Para chegar a esse posto, geralmente é necessário ter um diploma universitário ou um curso técnico específico de aproximadamente 200 horas, além de quatro a cinco anos de experiência na área. O trabalho acontece tanto em ambientes abertos quanto fechados, dependendo da natureza da operação, e pode até incluir embarcações, caso se trate de atividades pesqueiras ou aquícolas. A rotina é intensa e multifacetada, mas recompensadora, pois envolve não apenas a gestão de equipes e a administração da produção, mas também a promoção do desenvolvimento tecnológico e a interação com a comunidade local.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Goiás (Estado), foram levantados 1.556 profissionais que atuam como Gerente de produção e operações agropecuárias, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 4,216.12 e uma carga horária de 46 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 3,000.00, enquanto a mediana fica em R$ 4,216.12, com o terceiro quartil chegando a R$ 6,500.00. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 15,238.90, demonstrando uma variação substancial dentro da ocupação.
Considerando as faixas salariais brasileiras, a remuneração de gerentes de produção e operações agropecuárias em Goiás pode ser vista como confortável, com a maioria dos profissionais recebendo acima de R$ 5,000.00. Ainda assim, há espaço para crescimento, especialmente para aqueles que estão no primeiro quartil. A grande diferença entre o primeiro quartil e o top 5% indica que há oportunidades de progressão salarial com experiência e habilidades adicionais, mantendo a ocupação atrativa para quem busca desenvolvimento profissional.
Até julho de 2025, o saldo de contratações para gerentes de produção e operações agropecuárias em Goiás somou -35, representando uma melhora de 29 em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o saldo foi de -64. Essa recuperação, embora modesta, sinaliza uma lenta recuperação no setor agropecuário goiano, que tem enfrentado desafios significativos nos últimos anos.
Os setores que mais contribuíram para essas contratações são bastante diversificados. O cultivo de soja, holdings de instituições não financeiras e a fabricação de açúcar em bruto lideram com três novas vagas cada. Em seguida, serviços advocatícios e criação de bovinos para leite adicionaram duas vagas cada. Esses números mostram que, além da agricultura tradicional, outros setores estão também contribuindo para a geração de empregos na área.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.