Desossador (CBO 8485-15): Imagine que você tem a habilidade de transformar um animal inteiro em cortes de carne prontos para o mercado. Essa é a missão dos desossadores, profissionais que trabalham com precisão e cuidado para preparar carnes de diferentes tipos de animais para venda. Para entrar nesse ramo, é necessário ter o ensino fundamental e completar um curso básico de qualificação profissional de até 200 horas. Geralmente, após um a dois anos de experiência prática, os desossadores dominam completamente suas habilidades. O trabalho é realizado em ambientes fechados, geralmente sob supervisão, e os profissionais lidam com turnos diurnos e noturnos. Além disso, eles enfrentam condições de trabalho que incluem ruídos intensos, altas temperaturas e riscos orgânicos, mas tudo isso vale a pena quando se vê o resultado final de sua arte culinária.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Goiás (Estado), foram levantados 1,341 profissionais que atuam como Desossador, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 2,675.73 e uma carga horária de 46 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,942, enquanto a mediana fica em R$ 2,675.73, com o terceiro quartil chegando a R$ 3,637.97. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 4,969.11, demonstrando uma variação substancial dentro da ocupação.
Com uma remuneração que geralmente oscila entre R$ 1,942 e R$ 3,637.97, a maioria dos desossadores em Goiás (Estado) ganha um salário que pode ser considerado baixo no contexto brasileiro, onde remunerações abaixo de R$ 3,000.00 são frequentemente associadas a insatisfação. No entanto, há uma clara oportunidade de crescimento, já que a diferença entre o primeiro quartil e o top 5% indica uma margem significativa para avanço profissional. Isso sugere que, com dedicação e experiência, há espaço para melhorias salariais notáveis.
O mercado de trabalho para desossadores em Goiás tem apresentado um quadro menos animador. Até julho de 2025, o saldo de contratações registrou -92, uma redução de 61 em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o saldo era de -31. Essa queda sugere que o setor enfrenta desafios significativos na geração de empregos, refletindo possivelmente mudanças nos padrões de consumo ou na economia local.
Apesar da retração geral, alguns setores continuam a contratar desossadores. O frigorífico de abate de suínos lidera com 11 novas contratações. Logo atrás, o matadouro de reses sob contrato contribuiu com 7 vagas, seguido pelo comércio varejista de carnes, com 6 novas oportunidades. Os setores de aluguel de equipamentos e promoção de vendas também adicionaram vagas, com 2 cada. Esses números mostram que, embora o cenário seja desafiador, algumas áreas específicas ainda oferecem chances de emprego.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.