Trabalhador da ovinocultura (CBO 6232-10): Imagine uma vida ao ar livre, cercado por ovelhas, cabras e porcos, cuidando de suas necessidades básicas e garantindo que estejam saudáveis e prontos para exposição e venda. Essa é a rotina de um trabalhador da ovinocultura. Embora a formação mínima seja o ensino fundamental, há uma tendência crescente de exigir o ensino médio completo, especialmente em granjas mais modernas. A experiência prática é crucial, levando de um a dois anos para dominar todas as habilidades necessárias. Os trabalhadores lidam com horários irregulares e variados, sempre sob supervisão, mas com a liberdade de estar ao ar livre, interagindo diretamente com os animais.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Brasil, foram levantados 476 profissionais que atuam como Trabalhador da ovinocultura, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 1,584 e uma carga horária de 44 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,424, enquanto a mediana fica em R$ 1,584, com o terceiro quartil chegando a R$ 2,000. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 3,672.36, demonstrando uma discrepância notável entre os salários mais baixos e os mais altos.
Considerando as faixas salariais no Brasil, a remuneração dos trabalhadores da ovinocultura tende a ser vista como baixa, situando-se abaixo de R$ 3,000.00, o que geralmente é associado à insatisfação. No entanto, a possibilidade de crescimento profissional é evidente, especialmente quando se observa a diferença substancial entre o primeiro quartil e o top 5%. Essa variação sugere que, com dedicação e experiência, há espaço para aumentos significativos no salário.
O mercado de trabalho para trabalhadores da ovinocultura no Brasil está mostrando sinais de recuperação. Até julho de 2025, o saldo de contratações subiu para 9, um aumento de 15 pontos em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o saldo era negativo (-6). Essa reversão sinaliza um crescimento na demanda por profissionais nesta área, após um período de redução de empregos.
Os setores que mais têm contribuído para essa recuperação são a criação de aves, exceto galináceos, e atividades veterinárias, ambos com um saldo de 5 contratações. Logo atrás, com 4 contratações, vem a produção de ovos, seguida pela cultivo de café, com 3, e higiene e embelezamento de animais domésticos, com 2. Esses números indicam uma diversificação das oportunidades de emprego, não se limitando apenas à ovinocultura tradicional.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.