Trabalhador da exploração de resinas (CBO 6322-15): Imagine-se na selva amazônica, cercado por gigantes verdes que escondem preciosidades naturais. Esses são os trabalhadores da exploração de resinas, profissionais que extraem gomas e resinas de árvores, transformando o que parece ser apenas madeira em matérias-primas valiosas. Sem a necessidade de um diploma universitário, a formação desses heróis da floresta acontece no próprio campo de batalha, com a experiência sendo a melhor professora. Em um ou dois anos, eles dominam o ofício, aprendendo a lidar com a natureza e a comercializar seus produtos. Trabalham sozinhos, sem supervisão, enfrentando desafios como alturas consideráveis e a presença de animais selvagens. Apesar dos riscos e das condições adversas, esses profissionais desempenham um papel crucial na economia local, contribuindo para a preservação cultural e ambiental.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Brasil, foram levantados 4,211 profissionais que atuam como Trabalhador da exploração de resinas, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 1,980 e uma carga horária de 44 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,663.20, enquanto a mediana fica em R$ 1,980, com o terceiro quartil chegando a R$ 2,445.24. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 3,327.30, demonstrando uma variação substancial dentro da ocupação.
Com uma remuneração que geralmente varia entre R$ 1,663.20 e R$ 2,445.24, a maioria dos trabalhadores da exploração de resinas ganha um salário que pode ser considerado baixo no contexto brasileiro, onde remunerações abaixo de R$ 3,000.00 são frequentemente associadas a insatisfação. No entanto, a diferença entre o primeiro quartil e o top 5% indica uma margem considerável para avanço profissional, sugerindo que com dedicação e experiência, há oportunidades reais de melhorar a remuneração.
O mercado de trabalho para trabalhadores da exploração de resinas no Brasil até julho de 2025 registra um saldo de -123, representando uma melhora de 51 em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo era de -174. Apesar de ainda estar no vermelho, este dado sugere uma lenta recuperação na demanda por esses profissionais, que podem encontrar mais oportunidades à medida que o setor se fortalece.
Os setores que mais têm contribuído para as contratações são, em primeiro lugar, o cultivo de mudas em viveiros florestais, com 23 novas vagas. Logo atrás, a extração de madeira em florestas plantadas adicionou 21 postos de trabalho. A coleta de látex em florestas nativas e o cultivo de eucalipto também se destacaram, com 6 e 4 vagas, respectivamente. Por fim, o cultivo de soja completou o top 5, com 3 novas oportunidades. Esses dados indicam que a atividade florestal é a principal força motriz por trás das contratações neste segmento.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.