Trabalhador da exploração de açaí (CBO 6324-05): Imagine acordar antes do sol raiar, vestir-se para enfrentar a selva amazônica e subir em árvores altíssimas para colher o fruto que dá origem ao famoso açaí. Essa é a rotina dos trabalhadores da exploração de açaí, profissionais que não precisam de diplomas universitários, mas sim de muita experiência e habilidade para lidar com a natureza. Com uma formação que vai até a quarta série do ensino fundamental, esses heróis da floresta aprendem o ofício na prática, geralmente após um a dois anos de imersão no trabalho. Eles operam sem supervisão, muitas vezes em mutirões familiares, enfrentando os desafios de trabalhar ao ar livre, em horários irregulares e sujeitos a ataques de animais silvestres. Mas, apesar das adversidades, há uma recompensa única em fazer parte dessa cadeia produtiva que leva o açaí até nossas mãos.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Brasil, foram levantados 204 profissionais que atuam como Trabalhador da exploração de açaí, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 1,518 e uma carga horária de 43 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,354.33, enquanto a mediana fica em R$ 1,518, com o terceiro quartil chegando a R$ 1,599.61. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 2,000, demonstrando uma variação dentro da ocupação.
A remuneração dos trabalhadores da exploração de açaí, que oscila entre R$ 1,354.33 e R$ 1,599.61, encontra-se na faixa de salários baixos no contexto brasileiro, onde a maioria das pessoas tende a expressar insatisfação. No entanto, a existência de trabalhadores que recebem até R$ 2,000 indica que há espaço para crescimento profissional, embora a margem seja relativamente limitada. Essa possibilidade de progresso pode encorajar os profissionais a buscar melhores oportunidades e qualificações.
O mercado de trabalho para trabalhadores da exploração de açaí no Brasil mostrou uma ligeira melhora até julho de 2025, com um saldo de contratações de 14, contra 11 no mesmo período do ano passado. Isso representa um aumento de 3, indicando uma pequena recuperação na demanda por esses profissionais, embora o número ainda seja relativamente modesto.
Os setores que mais têm contribuído para essa recuperação são, em primeiro lugar, a fabricação de sucos concentrados de frutas, hortaliças e legumes, com 6 novas vagas. Logo atrás, a criação de bovinos para corte e o comércio varejista de produtos alimentícios somaram 4 e 3 vagas, respectivamente. Surpreendentemente, o desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis também aparece na lista, com 3 novas oportunidades, seguido por lanchonetes e casas de chá, com 2 vagas.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.