Trabalhador da caprinocultura (CBO 6232-05): Imagine uma vida ao ar livre, cercado por ovelhas, cabras e porcos, cuidando deles desde o nascimento até a venda. Essa é a rotina de quem trabalha na caprinocultura. Embora o mínimo de escolaridade seja entre a quarta e a sétima série do ensino fundamental, há uma tendência crescente de exigir o nível médio completo. A formação acontece no próprio local de trabalho, com duração entre um e dois anos. Os profissionais trabalham em propriedades rurais de diferentes portes, em horários irregulares e diurnos, sob supervisão constante. É um trabalho que exige dedicação e paciência, mas que recompensa com a satisfação de ver animais saudáveis e bem-cuidados.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Brasil, foram levantados 132 profissionais que atuam como Trabalhador da caprinocultura, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 1,948.17 e uma carga horária de 43 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,465.36, enquanto a mediana fica em R$ 1,948.17, com o terceiro quartil chegando a R$ 2,253.70. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 3,111.26, demonstrando uma discreta variação dentro da ocupação.
Com uma remuneração que oscila entre R$ 1,465.36 e R$ 2,253.70, a maioria dos trabalhadores da caprinocultura ganha um salário que pode ser considerado baixo no contexto brasileiro, onde remunerações abaixo de R$ 3,000.00 são frequentemente associadas a insatisfação. No entanto, a diferença entre o primeiro quartil e o top 5% indica que há espaço para crescimento profissional, embora seja limitado comparado a outras áreas. Isso sugere que, com dedicação e experiência, é possível melhorar a situação financeira, mesmo que gradualmente.
O mercado de trabalho para trabalhadores da caprinocultura no Brasil mostrou uma melhora sutil até julho de 2025. O saldo de contratações passou de -7 para -1, representando uma redução na quantidade de desligamentos em relação às contratações. Embora o número ainda seja negativo, isso indica uma tendência positiva, refletindo uma ligeira recuperação no setor.
Os serviços de manejo de animais se destacaram como o setor que mais contribuiu para as contratações, com um saldo de quatro trabalhadores. Logo atrás, o comércio varejista de laticínios e frios, a criação de equinos, a criação de bovinos, exceto para corte e leite, e o cultivo de café compartilham igualmente a segunda posição, cada um com um saldo de uma contratação adicional. Esses setores demonstram uma diversificação das oportunidades de emprego dentro do campo da caprinocultura.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.