Topógrafo (CBO 3123-20): Imagine alguém que tem a habilidade de decifrar o mundo ao seu redor, transformando montanhas, rios e estradas em mapas e plantas precisas. Esses profissionais, chamados topógrafos, são os verdadeiros decifradores da geografia. Para entrar nesse universo, você precisa de um curso técnico de nível médio em geomática ou áreas relacionadas, como geodésia e cartografia. A formação é só o começo; depois, é preciso ganhar experiência prática, que pode levar de um a dois anos. Os topógrafos trabalham tanto em ambientes fechados quanto ao ar livre, enfrentando o desafio de coletar dados geográficos com precisão, mesmo sob pressão. Mas a recompensa é enorme: transformar a paisagem em documentos cartográficos que ajudam a construir o futuro.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Brasil, foram levantados 20,875 profissionais que atuam como Topógrafo, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 2,509.82 e uma carga horária de 44 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,874.21, enquanto a mediana fica em R$ 2,509.82, com o terceiro quartil chegando a R$ 3,912. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 7,200, demonstrando uma variação substancial dentro da ocupação.
A remuneração de um topógrafo no Brasil tende a ser vista como modesta, já que a maioria dos profissionais ganha menos que R$ 3,000.00, uma faixa salarial que muitos brasileiros consideram insatisfatória. No entanto, a possibilidade de crescimento é evidente, especialmente quando se compara o primeiro quartil ao top 5%. Essa discrepância sugere que, com dedicação e experiência, há espaço para aumentar significativamente o salário, proporcionando uma melhor qualidade de vida aos profissionais da área.
Até julho de 2025, o saldo de contratações de topógrafos no Brasil somou 1.288, representando um aumento de 47 em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o saldo foi de 1.241. Essa pequena, mas consistente, melhoria sugere que o mercado de trabalho para topógrafos está se fortalecendo gradualmente, refletindo talvez uma demanda crescente por serviços de topografia e geodésia.
Os setores que mais contribuíram para essas contratações foram a construção de rodovias e ferrovias, com 374 novos postos de trabalho, seguidos pelos serviços de cartografia, topografia e geodésia, que adicionaram 332 vagas. Os serviços de engenharia também se destacaram, com 210 novas oportunidades. A construção de estações e redes de distribuição de energia elétrica contribuiu com 144 vagas, enquanto as obras de terraplenagem adicionaram 45 novas posições.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.