Produtor agropecuário (CBO 6110-05): Imagine acordar todos os dias para cuidar de uma fazenda, plantar alimentos que alimentam milhares de pessoas e criar animais que proporcionam proteínas essenciais. Essa é a vida de um produtor agropecuário, uma ocupação que não exige um diploma universitário, mas sim uma combinação de escolaridade básica (entre quarta e sétima série do ensino fundamental) e um período de prática de um a dois anos. Esses profissionais trabalham por conta própria, liderando equipes que podem incluir parceiros ou membros de consórcios. O trabalho é feito ao ar livre, sujeito às variações climáticas e às pressões do mercado, mas a recompensa de ver o fruto do seu trabalho crescer e prosperar é inestimável.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Brasil, foram levantados 2,778 profissionais que atuam como Produtor agropecuário, em geral, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 1,650.78 e uma carga horária de 43 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,412, enquanto a mediana fica em R$ 1,650.78, com o terceiro quartil chegando a R$ 2,075.54. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 3,271.35, demonstrando uma discrepância entre os salários mais baixos e os mais altos.
A remuneração de um produtor agropecuário, em geral, tende a ser vista como baixa no contexto brasileiro, já que a maioria dos salários abaixo de R$ 3,000.00 é associada a insatisfação. No entanto, a diferença substancial entre o primeiro quartil e o top 5% indica que há espaço para crescimento profissional. Isso sugere que, com dedicação e experiência, os produtores podem alcançar níveis de remuneração mais elevados, proporcionando uma melhor qualidade de vida.
O mercado de trabalho para produtores agropecuários no Brasil até julho de 2025 registra um saldo de 31 contratações, representando uma melhoria significativa de 55 em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o saldo era de -24. Esses números refletem uma reversão na tendência de desligamentos para um cenário de expansão no setor agropecuário.
Os setores que mais têm contribuído para essa onda de contratações são a criação de bovinos para corte e leite, com 19 e 16 novas vagas, respectivamente. Logo atrás, o cultivo de frutas de lavoura permanente e mandioca somaram 13 e 10 vagas. Por fim, o cultivo de banana completou o top 5, com 7 novas oportunidades de emprego. Esses dados mostram que a diversificação da produção agrícola está impulsionando o crescimento do emprego no campo.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.