Preparador de solas e palmilhas (CBO 7641-20): Imagine que você está na linha de frente da criação de um par de sapatos, desde a concepção da sola até a montagem final. Essa é a vida de um preparador de solas e palmilhas. Não é preciso ter um diploma universitário para entrar nessa profissão; o ensino fundamental é suficiente. No entanto, a prática é a chave para dominar o ofício, e isso geralmente acontece ao longo de um a dois anos de experiência. Trabalhar nesse ramo significa passar o dia em um ambiente fechado, muitas vezes em turnos, e lidar com equipamentos que podem ser barulhentos ou até mesmo emitir gases tóxicos. Apesar dos desafios, a sensação de ver um calçado sendo formado peça por peça é inegavelmente gratificante.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Brasil, foram levantados 5,136 profissionais que atuam como Preparador de solas e palmilhas, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 1,850 e uma carga horária de 44 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,606, enquanto a mediana fica em R$ 1,850, com o terceiro quartil chegando a R$ 2,134. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 2,700, demonstrando uma variação dentro da ocupação.
A remuneração dos preparadores de solas e palmilhas tende a ser vista como baixa no contexto brasileiro, já que a maioria das pessoas não está satisfeita com salários abaixo de R$ 3,000. No entanto, a diferença entre o primeiro quartil e o top 5% indica que há espaço para crescimento profissional. Essa variação sugere que, com dedicação e experiência, os preparadores podem alavancar suas carreiras e alcançar remunerações mais elevadas, melhorando assim sua qualidade de vida.
O mercado de trabalho para preparadores de solas e palmilhas no Brasil até julho de 2025 registra um saldo de 176 contratações, representando uma redução de 186 em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar da queda, o setor ainda mantém um saldo positivo, embora o ritmo de crescimento tenha diminuído significativamente em comparação com o ano anterior.
Os setores que mais têm contribuído para as contratações são, em primeiro lugar, a fabricação de partes para calçados, com 73 novas vagas. Logo atrás, a fabricação de calçados de materiais não especificados adicionou 48 postos de trabalho. O acabamento de calçados de couro sob contrato também se destaca, com 41 novas oportunidades. A fabricação de calçados de material sintético e o comércio varejista de calçados completam o top 5, com 10 e 9 vagas, respectivamente.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.