Pescador industrial (CBO 6312-05): Imagine-se no mar, enfrentando as ondas e o vento, com o único objetivo de trazer o melhor peixe para a mesa. Essa é a vida de um pescador industrial, um profissional que não só captura peixes, mas também prepara a embarcação, beneficia os animais aquáticos e auxilia em serviços gerais de navegação. Para se tornar um pescador industrial, é necessário ter o ensino fundamental completo e participar de cursos de formação profissional que variam de 200 a 400 horas. Além disso, é preciso ter entre um e dois anos de experiência na área. O trabalho é realizado em equipe, com supervisão, e as atividades acontecem tanto a céu aberto quanto em ambientes fechados. Os horários são irregulares, podendo haver confinamento, e os pescadores podem enfrentar condições adversas, como exposição a materiais tóxicos, ruídos intensos e variações climáticas.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Brasil, foram levantados 579 profissionais que atuam como Pescador industrial, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 2,046.91 e uma carga horária de 46 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,644.67, enquanto a mediana fica em R$ 2,046.91, com o terceiro quartil chegando a R$ 2,299.90. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 2,740.53, demonstrando uma variação dentro da ocupação.
A remuneração dos pescadores industriais, que oscila entre R$ 1,644.67 e R$ 2,299.90, cai na faixa de salários baixos, onde a maioria dos brasileiros não está satisfeita. No entanto, a diferença entre o primeiro quartil e o top 5% indica que há espaço para crescimento profissional. Embora o aumento não seja exorbitante, a possibilidade de melhorar a remuneração com mais experiência ou qualificações adicionais é um ponto positivo para quem está entrando nessa carreira.
O mercado de trabalho para pescadores industriais no Brasil até julho de 2025 registra um saldo de 73 contratações, representando uma redução de 16 em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo foi de 89. Essa diminuição sugere que o setor está enfrentando desafios, possivelmente relacionados a questões econômicas ou ambientais que impactam a demanda por mão de obra.
Na análise dos setores que mais contrataram, a pesca de peixes em água salgada lidera com 49 novas vagas. Logo atrás, o comércio atacadista de pescados e frutos do mar adicionou 20 postos de trabalho. A pesca de peixes em água doce e a fabricação de conservas de peixes também contribuíram significativamente, com 12 e 10 novas vagas, respectivamente. Por fim, a criação de camarões em água salgada e salobra completou o top 5, com apenas duas novas oportunidades.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.