Gerente de produção e operações agropecuárias (CBO 1411-15): Imagine-se como o capitão de um navio, mas ao invés de navegar por mares turbulentos, você está gerenciando uma fazenda, uma plantação ou talvez até mesmo um viveiro de peixes. Essa é a vida de um gerente de produção e operações agropecuárias. Para chegar a esse posto, geralmente é necessário ter um diploma universitário ou um curso técnico específico de aproximadamente 200 horas, além de quatro a cinco anos de experiência na área. O trabalho acontece tanto em ambientes abertos quanto fechados, dependendo da natureza da operação, e pode até incluir embarcações, caso se trate de atividades pesqueiras ou aquícolas. A rotina é intensa e multifacetada, mas recompensadora, pois envolve não apenas a gestão de equipes e a administração da produção, mas também a promoção do desenvolvimento tecnológico e a interação com a comunidade local.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Brasil, foram levantados 15,552 profissionais que atuam como Gerente de produção e operações agropecuárias, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 4,073.88 e uma carga horária de 47 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 2,750.52, enquanto a mediana fica em R$ 4,073.88, com o terceiro quartil chegando a R$ 6,603.06. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 18,252, demonstrando uma ampla variação salarial dentro da ocupação.
A remuneração desses profissionais, que varia principalmente entre R$ 2,750.52 e R$ 6,603.06, pode ser considerada confortável para a maioria dos brasileiros, já que supera a faixa de insatisfação salarial. No entanto, a possibilidade de crescimento profissional é bastante evidente, dada a significativa diferença entre o primeiro quartil e o top 5%. Essa amplitude sugere que há espaço para ascensão e melhorias salariais com o tempo e a aquisição de habilidades adicionais.
O mercado de trabalho para gerentes de produção e operações agropecuárias no Brasil registrou um saldo de contratações negativo de -359 até julho de 2025, representando uma redução de 74 em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa diminuição sinaliza uma tendência de desaceleração na demanda por esses profissionais, refletindo possivelmente mudanças nos setores agrícolas e pecuários.
Os setores que mais têm contribuído para as contratações são aqueles diretamente ligados à agricultura. O serviço de preparação de terreno, cultivo e colheita lidera com um saldo de 15, seguido pelo cultivo de mamão, com 10, e o cultivo de café, com 9. Os holdings de instituições não financeiras e o cultivo de algodão herbáceo também se destacam, com saldos de 7 e 6, respectivamente. Esses números mostram que, apesar da redução geral, alguns segmentos específicos ainda buscam esses profissionais.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.