Fuloneiro (CBO 7621-20): Imagine um mundo onde a pele de animais não vai diretamente para o lixo, mas passa por um processo mágico para se tornar algo útil e bonito. Os fuloneiros são os magos desse processo, cuidando da preparação e tratamento de peles para curtimento. Esses profissionais recebem peles, as classificam e as tratam com técnicas específicas, como o fulão ou a molineta. Para entrar nesse ofício, basta ter uma qualificação básica de até 200 horas, com exceção do descarnador, que é treinado no local. As condições de trabalho incluem rodízio de turnos, exposição a ruídos e, em alguns casos, materiais tóxicos. Mas, apesar dos desafios, o resultado final é uma matéria-prima de alta qualidade, pronta para se transformar em belos produtos.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Brasil, foram levantados 431 profissionais que atuam como Fuloneiro, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 2,526.27 e uma carga horária de 43 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,979.66, enquanto a mediana fica em R$ 2,526.27, com o terceiro quartil chegando a R$ 3,116. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 4,471.16, demonstrando uma variação considerável dentro da ocupação.
A remuneração de um Fuloneiro, que oscila entre R$ 1,979.66 e R$ 3,116, encontra-se na faixa de salários baixos a moderados no contexto brasileiro. Embora possa não ser suficiente para proporcionar uma alta qualidade de vida, há espaço para crescimento profissional, especialmente para aqueles que conseguem alcançar o top 5%. A diferença substancial entre o primeiro quartil e o top 5% indica que, com dedicação e habilidades adicionais, é possível melhorar significativamente a remuneração.
O mercado de trabalho para fuloneiros no Brasil até julho de 2025 mostra um saldo de contratações de 9, representando uma melhoria significativa de 24 em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo era de -15. Esses números indicam uma reversão na tendência anterior de perda de postos de trabalho, agora com um saldo positivo, sinalizando um cenário mais otimista para essa ocupação.
Os setores que mais têm contribuído para essas contratações são, em primeiro lugar, o curtimento e outras preparações de couro, com 7 novos postos de trabalho. Logo atrás, o comércio atacadista de couros, lãs, peles e outros subprodutos animais não comestíveis adicionou 3 vagas. Os setores de fabricação de artigos de serralheria, limpeza em prédios e domicílios, e fabricação de artefatos de couro não especificados também contribuíram, cada um com 1 vaga adicional.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.