Forneiro e operador (alto-forno) (CBO 8212-05): Imagine estar no coração de uma fábrica de metal, onde o calor é tão intenso que você poderia derreter chocolate só de olhar. Essa é a vida de um forneiro e operador de alto-forno. Esses profissionais são responsáveis por preparar máquinas, operar alto-fornos e realizar tratamentos secundários nos metais. Para entrar nesse mundo de altas temperaturas, é necessário ter o ensino fundamental completo e um curso básico de qualificação profissional de até 200 horas. A experiência completa pode levar de um a dois anos. Os forneiros trabalham em equipes, sob supervisão ocasional, em ambientes fechados e no sistema de rodízio de turnos, enfrentando condições extremas, mas produzindo algo incrível: o metal líquido que vira a base de muitos produtos que usamos diariamente.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Brasil, foram levantados 9,134 profissionais que atuam como Forneiro e operador (alto-forno), com uma remuneração média que gira em torno de R$ 2,368.93 e uma carga horária de 42 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,749.24, enquanto a mediana fica em R$ 2,368.93, com o terceiro quartil chegando a R$ 3,447.65. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 5,707.25, demonstrando uma variação substancial dentro da ocupação.
A remuneração dos forneiros e operadores de alto-forno, que oscila principalmente entre R$ 1,749.24 e R$ 3,447.65, encontra-se em uma faixa que muitos brasileiros considerariam baixa a moderada. No entanto, a possibilidade de crescimento profissional é evidente, especialmente quando se observa a discrepância entre o primeiro quartil e o top 5%. Essa amplitude sugere que, com dedicação e experiência, há espaço para aumentos salariais significativos, proporcionando uma melhor qualidade de vida aos profissionais da área.
O mercado de trabalho para forneiros e operadores de alto-forno no Brasil mostra uma melhora significativa até julho de 2025, com um saldo de contratações de -63, contra -155 no mesmo período do ano passado. Isso representa um crescimento de 92 pontos, sinalizando uma recuperação gradual na demanda por esses profissionais, embora ainda haja mais desligamentos que contratações.
Os setores que mais têm impulsionado as contratações são, em primeiro lugar, a fabricação de baterias e acumuladores para veículos automotores, com 28 novas vagas. Logo atrás, a produção de carvão vegetal em florestas nativas adicionou 19 postos de trabalho. A produção de ferro-gusa e a fabricação de alumínio e suas ligas em formas primárias também contribuíram, com 14 e 11 vagas, respectivamente. Por fim, o setor de seleção e agenciamento de mão de obra completou o top 5, com 10 novas oportunidades.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.