Detonador (CBO 7111-20): Imagine-se em uma mina subterrânea, cercado por rochas e túneis escuros, onde a única luz vem de suas lanternas. Essa é a vida de um detonador, um profissional que explora o subsolo em busca de minérios preciosos e não tão preciosos. Apesar de parecer algo de outro mundo, a formação para esta ocupação é relativamente modesta, com escolaridade entre a quinta e a oitava série do ensino fundamental, além de um curso de qualificação profissional. Mas não pense que é fácil: a experiência mínima exigida é de três a quatro anos, tempo suficiente para aprender a lidar com a poeira, os gases e os ruídos intensos que permeiam o ambiente de trabalho. Eles trabalham em equipes, sempre supervisionados, enfrentando condições extremas, mas com a recompensa de desvendar os segredos escondidos na crosta terrestre.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Brasil, foram levantados 2,024 profissionais que atuam como Detonador, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 3,065.46 e uma carga horária de 43 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 2,228.11, enquanto a mediana fica em R$ 3,065.46, com o terceiro quartil chegando a R$ 4,618.22. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 6,894.11, demonstrando uma variação substancial dentro da ocupação.
A remuneração de um detonador no Brasil varia bastante, mas a maioria dos profissionais encontra-se em uma faixa salarial que, embora não seja vista como alta, oferece uma qualidade de vida melhor do que a maioria dos salários abaixo de R$ 3,000.00. A diferença entre o primeiro quartil e o top 5% indica que há espaço para crescimento profissional, permitindo que os detonadores busquem aumentar suas habilidades e ganhos ao longo de suas carreiras.
O mercado de trabalho para detonadores no Brasil até julho de 2025 registra um saldo de contratações de -14, representando uma redução de 48 em comparação com o mesmo período do ano passado. Essa queda sugere que o setor enfrenta desafios, possivelmente relacionados à demanda ou às condições econômicas, levando a menos contratações e mais desligamentos.
Na análise dos setores que mais contrataram detonadores, a fabricação de pólvoras, explosivos e detonantes lidera com 21 novas vagas. Logo atrás, atividades de estudos geológicos contribuíram com 15 vagas. Outros setores relevantes incluem limpeza em prédios e domicílios, com 12 vagas, e o comércio atacadista de outros produtos químicos e petroquímicos, com 9 vagas. A locação de mão de obra temporária também aparece na lista, com 4 novas oportunidades.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.