Cortador de calçados, a máquina (exceto solas e palmilhas) (CBO 7641-05): Imagine que você está na linha de frente da criação de um par de sapatos, desde a escolha do material até o corte preciso das peças que compõem a parte superior do calçado. Essa é a missão dos cortadores de calçados. Apesar de não exigirem um diploma universitário, esses profissionais precisam de um bom olho para detalhes e muita prática para dominar a arte do corte. Com apenas o ensino fundamental completo, eles embarcam em um aprendizado prático que dura de um a dois anos, onde ganham habilidades que vão além do corte, incluindo a preparação de solas, palmilhas e saltos. Trabalham em ambientes fechados, geralmente em turnos, e enfrentam desafios como ruídos altos e exposição a materiais potencialmente tóxicos, mas o resultado final de um calçado bem acabado compensa todo o esforço.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Brasil, foram levantados 11,923 profissionais que atuam como Cortador de calçados, a máquina (exceto solas e palmilhas), com uma remuneração média que gira em torno de R$ 1,618.52 e uma carga horária de 44 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,457.47, enquanto a mediana fica em R$ 1,618.52, com o terceiro quartil chegando a R$ 2,132.14. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 3,000.00, demonstrando uma variação considerável dentro da ocupação.
Com uma remuneração que geralmente varia entre R$ 1,457.47 e R$ 2,132.14, a maioria dos cortadores de calçados no Brasil ganha um salário que pode ser considerado baixo no contexto nacional, onde remunerações abaixo de R$ 3,000.00 são frequentemente associadas a insatisfação. No entanto, a diferença entre o primeiro quartil e o top 5% indica que há espaço para crescimento profissional, permitindo que os trabalhadores busquem melhorias salariais à medida que adquirem mais experiência e habilidades.
O mercado de trabalho para cortadores de calçados, a máquina (exceto solas e palmilhas), no Brasil, tem mostrado sinais de crescimento. Até julho de 2025, o saldo de contratações somou 1.259, um aumento de 241 em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o saldo foi de 1.018. Essa melhoria reflete uma tendência positiva no setor de calçados, com mais oportunidades surgindo para profissionais qualificados.
Na análise dos setores que mais estão contratando, a fabricação de calçados de materiais não especificados lidera com 836 novas vagas. Logo atrás, a fabricação de calçados de couro adicionou 165 postos de trabalho. Outros setores relevantes incluem a fabricação de partes para calçados, de qualquer material, com 73 contratações, seguida pela fabricação de calçados de material sintético, com 65 vagas, e o acabamento de calçados de couro sob contrato, que trouxe 57 novas oportunidades. Esses dados indicam uma diversificação das oportunidades de emprego na indústria de calçados.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.