Contínuo (CBO 4122-05): Imagine um super-herói que não usa capa, mas tem a habilidade de mover montanhas de papéis e objetos de um lado para outro, sem nunca perder o rumo. Esses heróis do cotidiano, os contínuos, são a alma viva dos escritórios e instituições. Com uma formação que varia desde o ensino fundamental até cursos profissionalizantes de até 200 horas, eles são capazes de transportar correspondências, documentos, objetos e até mesmo valores, além de auxiliar na secretaria e nos serviços de copa. Os contínuos trabalham em ambientes variados, desde escritórios fechados até ao ar livre, e muitas vezes em veículos. Eles operam equipamentos de escritório, transmitem mensagens orais e escritas, e fazem depósitos ou retiradas de materiais, tudo isso sob a supervisão de seus superiores. Apesar de algumas atividades poderem ser estressantes, a maioria desses profissionais é composta por jovens, mas também há aposentados ou pessoas de idade mais avançada que encontraram nessa ocupação uma maneira de continuar contribuindo.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Brasil, foram levantados 100,345 profissionais que atuam como Contínuo, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 1,562 e uma carga horária de 42 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,412, enquanto a mediana fica em R$ 1,562, com o terceiro quartil chegando a R$ 1,890.67. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 3,093.35, demonstrando uma variação dentro da ocupação.
A remuneração dos contínuos, que oscila entre R$ 1,412 e R$ 1,890.67, encontra-se na faixa de salários baixos, onde a maioria dos brasileiros tende a expressar insatisfação. No entanto, a existência de profissionais que recebem até R$ 3,093.35 indica que há espaço para crescimento profissional. Essa possibilidade de ascensão salarial, embora limitada, oferece um incentivo para aqueles que buscam melhorar suas condições financeiras ao longo da carreira.
O mercado de trabalho para empregos contínuos no Brasil até julho de 2025 registrou um saldo de 1,685 contratações, um aumento de 265 em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo foi de 1,420. Essa melhoria reflete uma tendência positiva no mercado de trabalho, especialmente para posições contínuas, que são essenciais para o funcionamento diário de muitas empresas e instituições.
Os setores que mais contribuíram para esse crescimento foram a construção de edifícios, que adicionou 395 novos postos de trabalho. Em segundo lugar, atividades de atendimento hospitalar, exceto pronto-socorro e unidades para atendimento a urgências, que somaram 189 contratações. Serviços de assistência social sem alojamento vieram em terceiro, com 155 novas vagas, seguidos por hotéis, que adicionaram 145 empregos. Por fim, condomínios prediais completam o top cinco, com 109 novas contratações.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.