Classificador de grãos (CBO 8484-25): Imagine que você tem o nariz mais fino e o paladar mais apurado do mundo. Agora, imagine que você usa essas habilidades para avaliar uvas, frutas, chá, cacau, café e grãos em geral. Essa é a vida de um classificador de grãos! Com apenas o ensino médio e um curso básico de qualificação profissional, esses profissionais entram no mercado e, após quatro a cinco anos de experiência, dominam o ofício. Eles trabalham em fábricas de alimentos e bebidas, organizados em equipes, sob supervisão ocasional, em ambientes fechados e no período diurno. Às vezes, podem estar expostos a materiais tóxicos, mas o resultado final — produtos de alta qualidade — compensa todo o esforço.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Brasil, foram levantados 7,975 profissionais que atuam como Classificador de grãos, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 2,261.45 e uma carga horária de 44 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,800, enquanto a mediana fica em R$ 2,261.45, com o terceiro quartil chegando a R$ 3,000. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 4,596.53, demonstrando uma variação substancial dentro da ocupação.
A remuneração dos classificadores de grãos, que oscila principalmente entre R$ 1,800 e R$ 3,000, enquadra-se na categoria de salários baixos, onde a maioria dos trabalhadores pode não estar plenamente satisfeita. No entanto, a discrepância entre o primeiro quartil e o top 5% aponta para uma possibilidade de crescimento profissional, sugerindo que com dedicação e habilidades adicionais, os profissionais podem alcançar níveis de remuneração mais elevados, melhorando assim sua qualidade de vida.
O mercado de trabalho para classificadores de grãos no Brasil até julho de 2025 registra um saldo de contratações de 970, um aumento de 34 em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo foi de 936. Essa pequena, mas consistente, melhoria sugere que o setor agrícola está se expandindo gradualmente, oferecendo mais oportunidades de emprego para esses profissionais.
Os setores que mais têm contribuído para essa expansão são, em primeiro lugar, as atividades de pós-colheita, que adicionaram 478 novas vagas. Logo atrás, os testes e análises técnicas trouxeram 204 novas posições. Os armazéns gerais e a locação de mão de obra temporária também estão contribuindo, com 46 e 40 novas vagas, respectivamente. Por fim, o cultivo de soja completou o top cinco, com 21 novas oportunidades de trabalho.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.