Classificador de fumo (CBO 8421-15): Imagine uma profissão que mistura habilidades de detetive, negociador e chef de cozinha, tudo em um só pacote. Essa é a vida de um classificador de fumo. Esses profissionais são os verdadeiros especialistas em fumo, capazes de identificar tipos e classes de fumo, negociar com produtores e preparar blends que farão seus clientes suspirar de prazer. Com apenas o ensino médio incompleto e um curso básico de qualificação profissional, eles podem começar a aprender o ofício, mas levará entre três a quatro anos de experiência para dominar completamente. Trabalham em colônias de preparação e tratamento de fumo cru ou em indústrias de fabricação, onde o ritmo é constante durante a safra e mais lento no período de entressafra, quando podem se dedicar à manutenção de equipamentos.

• Compram fumo, interpretando portaria de classificação e negociando a qualidade com o produtor.
• Classificam fumo, estimando qualidade e quantidade da safra, e elaborando amostras.
• Fermentam manocas de fumo, monitorando temperatura de pilhas e acondicionando manocas.
• Preparam o blend, avaliando estoques, identificando, controlando percentuais e programando classes de fumo.
• Processam e monitoram processos de beneficiamento e armazenam fumo.
• Auxiliam na manutenção e instalação de máquinas e equipamentos para o beneficiamento de fumo.
• Seguem normas de higiene, segurança no trabalho, qualidade e preservação ambiental.

Fonte: eSocial, RAIS, GanhaQuanto

No Brasil, cerca de 1,509 profissionais atuam como Classificador de fumo, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 1,289.00. No espectro salarial, o primeiro quartil é de R$ 1,218.00, a mediana atinge R$ 1,289.00, o terceiro quartil é de R$ 1,329.00, e o top 5% recebe R$ 1,372.00. Esses números traçam um quadro claro da variação de ganhos dentro dessa ocupação.

A remuneração média de R$ 1,289.00 coloca esses profissionais abaixo do salário mínimo nacional, o que pode representar um desafio financeiro. Apesar disso, a faixa salarial mostra uma pequena margem de crescimento, com a diferença entre o primeiro quartil e o top 5% sendo de aproximadamente 12%. Embora o espaço para crescimento seja limitado, isso não diminui a importância desses profissionais na cadeia produtiva do fumo.