Boiadeiro (CBO 7828-15): Imagine um cowboy moderno, mas sem o glamour do cinema. Esses profissionais são os verdadeiros heróis das planícies, organizando e guiando rebanhos de gado por extensas distâncias. Sem a necessidade de diplomas universitários, a arte de ser um boiadeiro é aprendida na prática, com até um ano de experiência sendo suficiente para dominar as habilidades necessárias. Os boiadeiros trabalham ao ar livre, enfrentando as adversidades climáticas e a dura rotina de cuidar dos animais. Além disso, eles também são chefs improvisados, cozinhando para toda a equipe. É uma vida cheia de desafios, mas também de grande satisfação, especialmente quando se vê um rebanho saudável e bem-cuidado.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Brasil, foram levantados 677 profissionais que atuam como Boiadeiro, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 2,039 e uma carga horária de 44 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,624.4, enquanto a mediana fica em R$ 2,039, com o terceiro quartil chegando a R$ 2,632.75. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 3,817.29, demonstrando uma variação substancial dentro da ocupação.
A remuneração dos boiadeiros, que oscila entre R$ 1,624.4 e R$ 2,632.75, tende a ser vista como baixa no contexto brasileiro, onde salários abaixo de R$ 3,000.00 são frequentemente associados a menor satisfação. No entanto, a diferença entre o primeiro quartil e o top 5% indica que há espaço para crescimento profissional. Essa possibilidade de progresso pode encorajar os boiadeiros a buscar qualificações adicionais e experiência, com o objetivo de alcançar remunerações mais elevadas.
O mercado de trabalho para boiadeiros no Brasil até julho de 2025 mostra um saldo de contratações de -3, representando uma melhora de 10 em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o saldo era de -13. Embora o número ainda seja negativo, sinalizando mais desligamentos do que contratações, a tendência é positiva, indicando uma possível recuperação no setor pecuário.
Os setores que mais têm contribuído para as contratações de boiadeiros são a criação de bovinos para corte, com um saldo de 5, seguida pela criação de bufalinos e serviços de engenharia, ambos com 3. O transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, vem logo atrás com 2, enquanto o cultivo de outras oleaginosas de lavoura temporária completa o top 5, com 1. Esses números mostram que a pecuária continua sendo o principal empregador para boiadeiros, mas outros setores também estão se expandindo.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.