Agente indígena de saúde (CBO 5151-25): Imagine um profissional que não só cuida da saúde de uma comunidade indígena, mas também é a ponte entre a tribo e o mundo exterior. Esses agentes são verdadeiros heróis locais, capazes de dispensar cuidados básicos de saúde, realizar partos e até mesmo manter os sistemas de abastecimento de água. Apesar de muitos terem apenas o ensino fundamental, eles passam por um treinamento profissionalizante de 200 a 400 horas, que lhes dá a habilidade de lidar com situações de saúde e prevenção de doenças. Trabalham tanto dentro quanto fora, enfrentando temperaturas extremas e riscos variados, mas sempre com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da comunidade.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Brasil, foram levantados 5,100 profissionais que atuam como Agente indígena de saúde, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 2,000 e uma carga horária de 41 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 2,000, igual à mediana, enquanto o terceiro quartil também está fixo em R$ 2,000. O topo dos 5% mais bem pagos também recebe R$ 2,000, demonstrando uma remuneração bastante uniforme entre os profissionais.
A remuneração de R$ 2,000 para os Agentes indígenas de saúde é considerada baixa no contexto brasileiro, situando-se abaixo da faixa de R$ 3,000,00, onde a maioria das pessoas tende a expressar insatisfação. No entanto, a consistência nos valores de remuneração entre o primeiro quartil e o top 5% indica que a margem de crescimento profissional pode ser limitada. Mesmo assim, a importância desses profissionais na promoção da saúde indígena é inegável, e seu trabalho merece reconhecimento e valorização.
O mercado de trabalho para agentes indígenas de saúde no Brasil até julho de 2025 registra um salto impressionante. O saldo de contratações subiu de 25 para 5,061, uma variação positiva de 5,036 em relação ao mesmo período do ano passado. Essa expansão reflete uma demanda crescente por profissionais capacitados para atender às necessidades específicas das comunidades indígenas, sinalizando um avanço significativo na área de saúde pública.
Os setores que mais têm impulsionado essas contratações são, em primeiro lugar, as atividades de associações de defesa de direitos sociais, que somaram 1,706 novos postos. Logo atrás, com 1,634 vagas, estão as atividades de atendimento em pronto-socorro e unidades hospitalares para urgências. As atividades de apoio à gestão de saúde também se destacam, com 1,093 contratações. Outros setores relevantes incluem atendimento hospitalar, com 481 vagas, e atividade médica ambulatorial, com 146 novas posições. Esses números evidenciam uma diversificação de oportunidades em diferentes áreas de atuação.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.