Acabador de calçados (CBO 7643-05): Imagine a última peça de um quebra-cabeça, aquela que completa toda a imagem. Bem, os acabadores de calçados são justamente isso: a peça final que dá vida aos sapatos que você veste. Esses profissionais não precisam de diplomas universitários, apenas o ensino fundamental completo e um aprendizado prático no local de trabalho. Em menos de um ano, eles dominam o ofício, garantindo que cada par de sapatos seja perfeito antes de sair da fábrica. Trabalham em ambientes fechados, muitas vezes em turnos, e podem enfrentar posições desconfortáveis por longos períodos. Mas, ao final do dia, é gratificante ver os calçados prontos para serem usados por pessoas ao redor do mundo.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Brasil, foram levantados 15,335 profissionais que atuam como Acabador de calçados, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 1,800 e uma carga horária de 44 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,600, enquanto a mediana fica em R$ 1,800, com o terceiro quartil chegando a R$ 2,060.36. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 2,700, demonstrando uma variação dentro da ocupação.
A remuneração dos acabadores de calçados tende a ser vista como baixa pela maioria dos brasileiros, já que a maioria das pessoas não está satisfeita com salários abaixo de R$ 3,000. No entanto, a diferença entre o primeiro quartil e o top 5% indica que há espaço para crescimento profissional. Essa possibilidade de progresso pode encorajar os trabalhadores a buscar qualificações adicionais e experiência para aumentar suas chances de alcançar remunerações mais altas ao longo de suas carreiras.
O mercado de trabalho para acabadores de calçados no Brasil mostrou um aumento significativo até julho de 2025, com um saldo de contratações de 1.037, contra 766 no mesmo período do ano anterior. Isso representa um crescimento de 271, indicando uma recuperação robusta na demanda por mão de obra especializada nesta área.
Os setores que mais contribuíram para este crescimento são, em primeiro lugar, a fabricação de calçados de material sintético, com 383 novas contratações. Logo atrás, a fabricação de calçados de couro adicionou 319 vagas. A fabricação de calçados de materiais não especificados também se destacou, com 131 novas oportunidades. Menores, mas ainda relevantes, foram as contribuições da fabricação de partes para calçados e do comércio varejista de calçados, com 59 e 57 vagas, respectivamente.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.