Trabalhador da cultura de cana-de-açúcar (CBO 6221-10): Imagine um dia de sol escaldante, com o aroma característico da cana-de-açúcar preenchendo o ar. Esses são os cenários cotidianos vividos pelos trabalhadores da cultura de cana-de-açúcar. Sem a necessidade de um diploma universitário, a formação acontece na prática, com um ano de experiência sendo suficiente para dominar as habilidades necessárias. Esses profissionais atuam ao ar livre, em equipes unidas, supervisionadas ocasionalmente, e enfrentam o desafio de lidar com materiais potencialmente tóxicos. Apesar dos desafios, há uma grande satisfação em ver o fruto do seu trabalho, desde a plantação até a colheita e o beneficiamento da cana.
Remuneração por quartil, Top 10% e Top 5%.
No Bahia (Estado), foram levantados 3,563 profissionais que atuam como Trabalhador da cultura de cana-de-açúcar, com uma remuneração média que gira em torno de R$ 1,518 e uma carga horária de 44 horas semanais. O primeiro quartil da remuneração se situa em R$ 1,466.69, enquanto a mediana fica em R$ 1,518, com o terceiro quartil chegando a R$ 1,523.41. O topo dos 5% mais bem pagos recebe R$ 2,337.04, demonstrando uma discreta variação salarial dentro da ocupação.
A remuneração dos trabalhadores da cana-de-açúcar em Bahia (Estado) tende a ser vista como baixa no contexto nacional, já que a maioria das pessoas não está satisfeita com salários abaixo de R$ 3,000. No entanto, há uma pequena margem de crescimento, especialmente para aqueles que buscam ascender ao top 5%. A diferença entre o primeiro quartil e o top 5% indica que, com dedicação e esforço, é possível melhorar a remuneração, embora o crescimento seja gradual e não exponencial.
Até julho de 2025, o saldo de contratações para trabalhadores da cultura de cana-de-açúcar na Bahia somou 1.758, representando uma redução de 582 em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa diminuição sugere que, embora haja contratações, o ritmo de crescimento está mais lento do que no ano passado, possivelmente refletindo mudanças nas demandas do setor agrícola.
Na Bahia, o setor de fabricação de álcool é o que mais tem impulsionado as contratações, com um saldo de 1.562 novos postos de trabalho. Logo atrás, atividades de apoio à agricultura não especificadas anteriormente adicionaram 115 vagas, enquanto a fabricação de açúcar em bruto contribuiu com 72 novas oportunidades. Menores, mas ainda relevantes, são as contribuições da fabricação de aguardente de cana-de-açúcar e de outras aguardentes e bebidas destiladas, com 5 e 2 vagas, respectivamente.
Número de contratações e demissões por trimestre.
Saldo líquido (contratações - demissões) por trimestre.